11 fevereiro 2006

soneto invertido neo-contemporâneo

Após intenso estudo de mercado, cheguei à conclusão que a melhor maneira de conquistar audiência para o meu blogue é chegar às faixas mais alargadas da blogosfera, a saber: os intelectuais, os engraçadinhos, os que dizem asneiras, os artistas e os fofinhos (alguns deles sobrepõem-se). Resolvi então brindar-vos com o meu versejar praguejador, o que conquista, à partida, os primeiros, terceiros e quartos. Se alguém achar alguma piada, lá se conquista também os que gostam de dar a boa risada matinal. A parte dos fofinhos é mais complicada mas acho que a inclusão da palavra "beijinho" pode apelar a esta faixa da população.
Aqui vos deixo assim com esta pequena pérola da literatura grálhica.

PUTA

Mas que grande puta é ela,
Anafada e singela,
Acenando na beira da estrada

Aos carros que passam – não param
Como se não vissem nada,
Porque nada de jeito a acharam.

Do joanete, massacrada
Sobre um salto excessivo.
Mostra a mama despojada
Num jeito de estar sugestivo

De quem abre as pernas à hora,
Ou ao minuto, o que seja,
Por trás, pela frente, e embora
Faça beijinho, não beija.

© gralha dixit 2006

1 comentário:

Margarida Atheling disse...

Sim... alguns desses sobrepõem-se! ;)