14 julho 2009

preserverança: precisa-se

Hoje ouvia no Revolutionary Road uma mulher a acusar o marido de nunca começar nada de novo porque assim não corria o risco de falhar. E pensei para com os meus botões que, felizmente, o meu marido é tão querido que nunca me disse o mesmo. Mas podia (se calhar, devia...).
Tenho muitos defeitos mas um dos que mais me incomoda é a minha grande dificuldade em terminar um projecto. Ideias, chovem torrencialmente. A energia está lá no início. Bora, vamos, eu faço, eu aconteço! E depois arranjo desculpas, adio, suspendo. E isso chateia-me para burro. O mal é que não sinto prazer nem realização num objectivo alcançado, só sinto que tirei um peso de cima. Todas as teorias da motivação que estudei a Psicologia Social são muito bonitas mas não estão a falar de mim de certeza. Como é que eu consigo obrigar-me a levar até ao fim um projecto que, de início me parece tão interessante e que tem tudo a ver comigo?

3 comentários:

Claudia Borralho disse...

eu só gosto de projectos rápidos... faço e aconteço, mas tem que se agora, já!
Projectos mais longos começo a perder o interesse e acabo por abandonar...

Vera Dias António disse...

pois, mas eu tenho um marido que o diz muitas vezes, e com razão. A última vez foi... ontem! O pior é que ele acha que tenho capacidade para fazer muito e não levanto o rabo da cadeira. Tem razão mas como ultrapassar os 20 e tal anos desde que nasci até que o conheci? Nunca me tinham dito antes que eu conseguia e nunca quis contrariar ninguém... O pior é que até sei que tenho várias boas características mas pô-las a mexer... ó amiga aqui também se precisa de muita preserverança...

Nô Calaim disse...

Terás que ser menos "magalomana" (é assim que se escreve?). Dá para ver que tens "n" ideias e ideias espectaculares... mas se forem de grande dimensão, dificilmente se concretizarão.

Tiraste a carta de condução?!
Tiraste um curso superior e um curso pós superior?!
Tens um filho e outro a caminho?

Tu concretizas... resta esperarmos que termines de concretizar as coisas que deixas a meio... pois acredito que hás-de terminá-las.